“O tucumã abre portas para o futuro dos nanomateriais”

Pesquisadores realizaram um estudo recente investigando a produção de nanopartículas de prata (AgNPs) utilizando extratos aquosos da polpa de tucumã (Astrocaryum aculeatum). Os resultados impressionantes mostraram que esse método pode mediar a síntese de AgNPs de maneira altamente sustentável e ecológica, em comparação com os métodos tradicionais.

As nanopartículas de prata são utilizadas nas mais diversas aplicações, como em produtos para higiene pessoal, limpeza, sabonetes, cremes e desinfetantes. Além disso, as nanopartículas são utilizadas na medicina, na fabricação de curativos e produtos para tratamento de feridas, devido à sua capacidade de inibir o crescimento de bactérias e outros microrganismos.

 Outra aplicação é na área de eletrônica, onde as nanopartículas de prata são usadas em dispositivos como sensores e telas sensíveis ao toque. Portanto, a descoberta desse método sustentável de produção de nanopartículas de prata tem o potencial de beneficiar diversos setores, permitindo a fabricação de produtos mais eficientes e ecologicamente corretos.

Possui compostos químicos valiosos para a produção de nanopartículas de prata e abre caminho para uma síntese mais sustentável. Sua descoberta como agente sustentável nesse processo pode revolucionar a indústria e preservação ambiental.Foto Clube da Semente

O estudo foi realizado no Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em Itacoatiara-AM, Brasil, e pelo Departamento de Química Fundamental, Instituto de Química, Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo-SP, Brasil.

Os pesquisadores estudaram diferentes fatores, como temperatura, quantidade do extrato e níveis de acidez. Além disso, o estudo mostrou que quando aumentamos a temperatura do ambiente onde as nanopartículas são produzidas, a intensidade da luz refletida pelas nanopartículas também aumenta. No entanto, essa elevação de temperatura faz com que as nanopartículas fiquem menos uniformes em tamanho, ou seja, apresentem variações no seu formato e distribuição.

Isso significa que, por meio da compreensão da influência da temperatura na síntese das nanopartículas de prata, permite que os pesquisadores otimizem o processo para obter nanopartículas com características ideais, equilibrando a intensidade da luz refletida e a uniformidade das partículas.

A busca por métodos mais ecológicos na síntese de nanopartículas metálicas está ganhando destaque, e as nanopartículas de prata não são exceção. Devido aos possíveis impactos ambientais causados pelo uso intensivo dessas partículas, pesquisadores estão focados em encontrar rotas mais sustentáveis para sua produção.

A síntese de nanopartículas de prata usando extratos de plantas oferece uma alternativa mais sustentável e ecologicamente correta em relação aos métodos tradicionais, que muitas vezes envolvem o uso de agentes químicos tóxicos. A região amazônica, com sua biodiversidade única, revela-se uma fonte valiosa de produtos químicos renováveis para a produção de nanomateriais. Esse estudo ressalta a importância de políticas que incentivem o uso de tecnologias baseadas em plantas na síntese de nanomateriais.

Fonte: https://www.scielo.br/j/jbchs/a/RpyCtNwJ5NfSQ3LWLkWXH8b/?lang=en

Hiroshi Koga
Hiroshi Koga
Artigos: 5

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *